Estátua-Menir do Marco | Barrela de Jales ♦ 41.422032, -7.601288

Estátua de granito, produzida a partir de um único bloco, que aparenta configuração antropomórfica, já que se reconhece a cabeça e o arranque dos braços. Apesar de localizada nas imediações de uma via romana, podendo ter constituído um marco neste eixo viário, a estátua pode enquadrar-se, pela sua tipologia, na transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. A ausência de atributos sociais, como armas ou elementos de adorno ou vestuário, dificultam um estudo mais aprofundado acerca deste Monumento de Interesse Público (2012).

Fonte romana | Barrela de Jales ♦ 41.409522, -7.606267

Fonte centenária em cantaria de granito, em pedra seca, composta por espaldar e tanque bebedouro, que, segundo a lenda que lhe está associada, se mantém ativa desde época romana. Apesar de ser incerta a data da sua construção, a fonte tem como particularidade o afeiçoamento de blocos de granito para a circulação de água, a meia altura do espaldar e nas faces longas do tanque. Nas imediações desta estrutura, localizam-se os vestígios da via romana que cruza o rio Pinhão através da Ponte do Arco, estabelecendo a ligação entre as províncias romanas da Lusitânia e da Tarraconense.

Via romana | Barrela de Jales ♦ 41.415035, -7.601248

Troço de calçada romana, relacionada com a Ponte do Arco sobre o rio Pinhão e com a exploração de ouro levada a cabo no planalto de Jales e Tresminas, que permitiria a ligação entre cidades ou territórios das províncias da Lusitânia (a Sul) e da Tarraconense (a Norte). Em alguns pontos desta também designada “Estrada Velha”, a via é ladeada por muros de pedra seca.

Ponte romana do Arco | Barrela de Jales ♦ 41.406575, -7.608100 

Classificada como Monumento de Interesse Público em 2015 pela sua valia histórica, a Ponte do Arco sobre o rio Pinhão tem origem em época romana, preservando ainda dessa construção original o arco de volta perfeita, em cantaria de granito, e o tabuleiro plano com pavimento lajeado. No intradorso do arco ainda são visíveis os agulheiros para encaixe dos cimbres essenciais à construção da ponte.

Pela sua orientação, tratar-se-ia de uma infraestrutura de comunicação entre a província da Lusitânia, a Sul, e a da Tarraconense, num território muito marcado pela exploração mineira de ouro a partir do governo do imperador Augusto. As alterações e reformas que a ponte sofreu ao longo das Idades Média e Moderna podem observar-se no aparelho construtivo, regular na parte inferior da obra e disposto irregularmente nas fiadas superiores.

A Ponte Romana do Arco constitui, com os troços de via preservados nas imediações, um dos testemunhos de maior relevo na região ao nível das comunicações viárias e da integração dos territórios a norte do rio Douro na rede de vias do Império Romano.

Igreja de Nossa Senhora da Assunção | Vreia de Jales ♦ 41.437357, -7.588852

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída provavelmente no século XVII, apresenta uma planta longitudinal, de nave única e capela-mor, à qual se encontra adossada a sacristia. No seu interior encontram-se, no entanto, vestígios de uma ocupação humana muito antiga deste lugar – duas lápides funerárias de cronologia romana, reaproveitadas na capela-mor a ladear a escadaria de acesso ao altar. Ricamente adornada, a Igreja revela sucessivas alterações no seu programa decorativo, destacando-se o altar em talha dourada na capela-mor, a talha branca e dourada sobre o arco triunfal que separa a capela-mor da nave, assim como a adição de azulejo, como ocorre sobre a pia batismal.

Via Sacra e sepulturas no exterior da Igreja de Nossa Senhora da Assunção | Vreia de Jales ♦ 41.437510, -7.588748

O complexo religioso de Vreia de Jales, no qual se destaca a igreja paroquial de Nossa Senhora da Assunção, testemunha as origens medievais do culto religioso neste lugar. Sob a atual igreja, ou nas suas imediações, supõe-se que tenha existido uma igreja mais antiga, na qual estariam integrados os dois sarcófagos de granito, de formato trapezoidal, expostos no adro. A igreja paroquial remonta ao período moderno, e ostenta um estilo maneirista, bastante destacado na fachada principal e na torre sineira. Para além destes elementos, o complexo religioso de Vreia de Jales integra uma Via Sacra, em granito, e a capela cujo orago é Santo Ovídeo, que ladeia a igreja a nordeste.

Alto dos Canastros | Cerdeira de Jales ♦ 41.445327, -7.598057

Conjunto de espigueiros ou canastros, destinados ao armazenamento, construído nos séculos XIX e XX em local sobranceiro à envolvente e sobre afloramento granítico, tendo em vista o processo de sequeiro e malhada do milho. Pela importância deste tipo de arquitetura vernacular no apoio à prática agrícola e à subsistência das comunidades rurais, o conjunto foi reabilitado e posteriormente classificado como Imóvel de Interesse Municipal (2006).

Fonte de S. João (Nascente do rio Pinhão) | Raiz do Monte ♦ 41.462858, -7.606100

O rio Pinhão nasce na Fonte de São João a uma cota em torno aos 900m, correspondendo no troço inicial a uma pequena linha de água cujo caudal vai aumentando significativamente no longo dos 43km que percorre até confluir com o rio Douro, a uma cota de 70m. A importância deste rio na região determinou construções históricas como a Ponte Romana do Arco, no limite da freguesia de Vreia de Jales, ou a própria fonte de São João, em cantaria de granito com arco de volta perfeita, bem como moinhos que, pela força motriz hidráulica, dinamizaram as práticas económicas tradicionais.

Fonte do Eirô | Raiz do Monte ♦ 41.462361, -7.609245

Capela de Santa Cruz | Campo de Jales♦ 41.460032, -7.588059

Em plena localidade de Campo de Jales, a capela de Santa Cruz, de construção moderna e estilo barroco, apresenta uma estrutura simples e que evidencia, pelo amplo portal de volta perfeita da fachada principal, o cruzeiro ladeado por grupo escultórico do seu interior. Este local de devoção integra o traçado do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, que atravessa quase todo o planalto de Jales no sentido leste – oeste.

Santuário de Nossa Senhora da Graça | Quintã de Jales 41.433219, -7.630185

Lugar de devoção com relevo para as comunidades do planalto de Jales, o Santuário de Nossa Senhora da Graça, localizado em posição elevada relativamente ao planalto e próxima da localidade de Quintã de Jales, apresenta uma arquitetura singela e na qual se destaca a imagem do orago em escultura de granito sobre nicho na fachada principal. O interior do edifício religioso ostenta um retábulo em talha branca e dourada, com a imagem de Nossa Senhora da Graça ao centro, em destaque. A romaria ao santuário, no Verão, constitui uma das tradições de maior significância para as comunidades locais.

Fonte da Picha | Quintã de Jales 41.432654, -7.622532

Fonte de Cima | Quintã de Jales 41.432772, -7.623477

Fonte do Salgueiro | Quintã de Jales 41.433930, -7.622203